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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

MAIS CULTURA NO ATOMO PRA CURTIR GERAL...



O relógio que engana o tempo fútil
por Roberth Fabris – análise do conto A espera

Num primeiro momento é um romance, no segundo um tempo de descobrir o passado e em outros me pego observando as personagens que são tipos, mas que se escondem um Q de redondo em sua performance. Ansiedade, medo, angústia e acima de tudo a expectativa de ser bem aceita, assim a protagonista se vê num duelo com a sua espera, a espera da vida, a espera de encontrar um rumo em que se apoiar. Até mesmo lembra a infancia, os segredos de família e a relação que pretente ter tanto com a sua paixão, como pela paixão de se viver. De tão banal e corriqueiro se torna belo e verdadeiro, me fez lembrar do ótimo curta Avião de papel, da Disney e Pixar, que ganhou diversos prêmios... mas acima de tudo nos faz pensar que a entrevista de emprego também é uma paixão nacional.
O tic tac do relógio, a forma como as coisas acontecem e as frases corriqueiras e cortadas todo tempo, nos mostram que este escritor tem muito talento de tirar da futilidade e do cotidiano algo mais que muitos não conseguiram ver. Um tipo de Proust abrasileirado, ou um Dickens afortunado, nada disso, apenas um tipo de escrita que nos instiga, nos faz rir, brincar com a vida, pensar na nossa propria família e ainda adentrar num tempo onde o relógio não pára. A angustia da personagem principal me fez também relembrar o ótimo romance O Guardião do tempo, em que uma das personagens precisa lidar com o seu corpo e suas paixões e o desencantamento com o namorado, ou possivel namorado. Mas o autor deste conto nos dá um soco no estomago e muda tudo, o que era para ser apenas um romance entre dois seres afortunados pelo cupido, se torna algo vivo e fugaz que nos remete ao tempo presente, onde o emprego é tudo em nossa sociedade... ate mesmo se torna algo que vale ouro... quem trabalha ganha o pão de cada dia, mas em cada novo dia uma entrevista de emprego se torna algo pesaroso e repleto de tiques e modos para se enfrentar. Uma prova de fogo, uma prova de valor, uma prova de tortura mas que eleva os que estão preparados para vivenciar a sociedade do capital.
Do cotidiano para a vida, da vida para a familia, da alegria para as memórias, da futilidade de ser livre para o tempo de ser empregada e ganhar o seu extra ao final do dia. Parabens, um conto assim nos deixatigados para ser ainda mais nacional e digno de tempos memoráveis para o nosso Brasil.




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